Lápide de Papel.

Olho para a folha de papel em branco

Rabisco um verso

E enquanto outros não vem

Eu os espero com

pequenos riscos,alguns desenhos bobos.

Olho pela janela como que pedindo ajuda ao Céu

Já não consigo escutar

A Harpa dos anjos

O canto dos pássaros

A canção dos rios

O silêncio das pedras que falavam tanto comigo...

"coisas de poeta"!

Com ele aprendi que palavras escritas

respiram e saem para passear nos

corações dos homens.

Pela Lei da Eternidade...

o poeta em mim não deveria morrer jamais.

Mas a folha em branco é a sua lápide de papel!

Marinez Novaes
Enviado por Marinez Novaes em 22/08/2016
Reeditado em 22/08/2016
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