" Nostalgia Perimetral..."

Chega a noite sem explicação... dizer verdades à minha “solidão”, ignora a porta trancada de meus segredos, entra logo nos assuntos inacabados e diz sem pensar para eu não olhar para os lados (...) Não me deixa mudar de assunto em nenhum momento e fica o tempo todo observando meus movimentos, sejam eles sutis, rápidos ou de aborrecimento (...)

Já me encontrou em horas impróprias... até de pijama, ou ainda tentando me esconder irrefletidamente em baixo da cama (...) Acho que até fez de propósito, é lógico... Não marca hora e muito menos dia, mas acreditem, depois que vai embora sem fechar a porta, tenho sempre a impressão que fica escondida no “corredor” se alimentando de minha dor.

Me defender de suas visitas é praticamente inútil, já tentei de todas as maneiras, em uma delas até me “entendi” fútil, escondi minha “sombra” atrás do abajur em vão, quando penso que não, fui descoberto e a noite com aquele sorriso sinistro e suave bem aberto (...) olhando para mim, e eu sem graça, enfim.

Não sei agora o que é pior, responder as mesmas perguntas sobre um velho assunto, ou sentir “solidão” mesmo estando junto (...) Inflexível, o medo de permanecer calado enquanto a vida caminha para o outro lado e não te convida... Vida real, não sei mudar de canal, mas gostei da programação do vizinho, agora não me lembro se a “bebida” era chá ou um suave vinho.

(...) Quando perceber que o sabor está diferente, não se assuste.... impassivelmente, ainda é gente, pois ainda pode sentir.

JLuis in Verve
Enviado por JLuis in Verve em 03/09/2016
Código do texto: T5749006
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