SEM DESTINO

SEM DESTINO

Andei sem destino procurando minha amada e já era de madrugada as luzes das avenidas estavam todas apagadas

Fiquei horas meditando e pensando a nossa vida passada os invejosos diziam que o nosso amor era gelo que se desmanchou e acabou em nada.

De longe eu via a sua casinha triste, abandonada e toda fechada.

No varal do quintal roupas penduradas no meio delas uma blusa que eu mais gostava da minha amada.

Minha saudade era grande, tornei a minha vida amargurada Já faz tempo que nos amamos e para em sua casa chegar fiz muitas caminhadas.

Para chegar a sua casa não tinha hora à saudade era grande para vê-la não tinha hora marcada.

De casaco preto me recebia com feição enamorada, ali nos abraçávamos sem que ninguém visse nada.

No mundo tudo passa a saudade, a alegria, mas a sorte é predestinada.

Mesmo te amando você se casou com outro e tive que seguir a minha jornada.

Você acenando lá na beira da estrada dizendo adeus caboclo fagueiro você é uma rosa branca perfumada.

Tem gente que não gosta de violeiro, de sanfoneiro, zabumbeiro, mas em meus braços essa viola será sempre lembrada.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 19/09/2016
Reeditado em 19/09/2016
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