NASCE UMA FLOR ENTRE PEDRAS

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Seco, árido, plácido, cinzento, faminto
Um solo que já chorara um dia
Hoje se dissolve em minúsculas partículas
Arenosas, constantes, silenciosas
Sugando o suor da penúltima gota de umidade
Uma linha tênue, entre pedrinhas, abre espaço
Verdejando tímida e insistentemente sob o Sol
Devagar e coercitiva, vinga seu botão de flor
Vibrando vida sem a sombra do arrebol
Mostrando a força da sobrevivência
Ainda que desistir fosse fácil pressupor
Ela suspira como um renascer de amor
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 24/09/2016
Reeditado em 26/09/2016
Código do texto: T5770607
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