FALANDO COM DEUS - II
Meu Deus!
Se presumidamente verdade é que a àquele que está a minha frente, reflete aquilo que não sou capaz de perceber em mim - Que feia está a minha imagem;
Se os sentimentos e defeitos que asseverava serem alheios, nada mais são que atos, efeitos e defeitos meus - Quão maculada se encontra minha alma;
Arregalam-se meus olhos diante de minha própria feição dilatando-se, na mesma escala, meu compreender, num imperativo da Criação.
Chegada é a hora de pedir perdão pelos julgamentos impróprios, que eu tanto observava no outro, onde tudo, era reflexo de minha grave imperfeição moléstia que me destorceu inúmeras vezes o entendimento, e em outras tantas, deixou igualmente enfermiça e soberba minha reflexão - Réu confesso sou.
Não obstante, Deus meu, tende Vós grande compaixão deste carente ser que reconhece além dos lastimáveis equivocos, a Maturidade, luz guia, como capacidade plena que livra o ser da própria mistificação!