O ESTILO

Cada poeta tem o seu jeito de fazer poesia
cada palavra se ajeita ao estilo do poeta,
há poetas sem jeito para dizer certas coisas
E a outros falta a palavra certa
outros dizem muito, mas não criam as imagens perfeitas
uns  são metafóricos, outros musicais, eufóricos, hiperbólicos, mas não há uma regra geral para construir uma poesia,
é ter disposição, espanto e o traquejo necessário com as palavras, e com cuidado e paciência tudo pode ser dito 
De modo a fazer com que o canto onde ele  vive encalacrado  se torne um universo aberto de possibilidades;
o poeta é o sujeito de suas artimanhas
as palavras seu objeto de inspiração, também pode ser o mundo que é dito através delas, mas ele é, sobretudo, um mestre na comunicação de anunciar outro mundo utilizando-se delas as palavras,
a novidade é apenas a forma como ele descreve o mundo o reconstitui,
como um médico que descreve em seu diagnóstico a doença ou a cura do paciente;
o poeta é um ser convalescente,
e a poesia seu remédio mais sagrado
e como já diziam os antigos é na dose que está a cura e o veneno,
escrever é está ciente de qual estado você quer comunicar com os seus leitores, objeto último da poesia (já que não existe uma poesia secreta, a não ser a poesia dos místicos que é acessível apenas aos iniciados)
o estado do poeta é instável cheio de percalços, de amargor, de ambientes artificialmente construídos às vezes por meio de  palavras as vezes gastas,

 
Labareda
Enviado por Labareda em 05/10/2016
Reeditado em 16/10/2019
Código do texto: T5781773
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