Relato de Babel

Passe ao largo e pouse bem longe das idéias, longe das palavras cansadas e do silêncio sem uso, apodrecendo no canto (outros sabiás esquecidos, outros galhos, gulas insofismáveis); não, não, melhor nem pousar, continue fugindo, continue fingindo que este voo é liberdade, que suas asas não são feitas de sonho e que o mundo - onde ? Lá em cima? Aqui embaixo? No centro do Nada? - representa o perfeito movimento na inércia, no naufrágio dessas vidas todas congeladas ...

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 07/10/2016
Código do texto: T5783906
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