CIRCENSES

O palhaço não precisa de lona e picadeiro

se apresenta na praça – e encanta –

sob o céu estrelado, com o sol a pino - suando –

indiferente ao calor, aos primeiros pingos da chuva,

que para ele é passageira e tem sabor de chocolate.

A alegria no rosto dos pequenos é sua paga,

recompensa valiosa, mata-lhe a sede

aquece-lhe a alma, o faz feliz.

O circo na praça, à sombra do arvoredo,

diverte o idoso, o jovem, os infantes.

O homem cospe fogo, o diabolô gira alto

audacioso, quase toca as verdes folhas,

a pomba branca sai da cartola enfeitada

e voa, mas não tão alto quanto a fantasia,

não alcança a sublimidade dos olhares do público:

surpresos, vibrantes, extasiados com os encantos

e mistérios de tradições milenares.

O circo ficou um final de semana na cidade.

Foi o tempo que durou minha alegria.

BRAVO!!!

Raphael Cerqueira Silva
Enviado por Raphael Cerqueira Silva em 09/10/2016
Reeditado em 14/01/2018
Código do texto: T5786598
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