CIRCENSES
O palhaço não precisa de lona e picadeiro
se apresenta na praça – e encanta –
sob o céu estrelado, com o sol a pino - suando –
indiferente ao calor, aos primeiros pingos da chuva,
que para ele é passageira e tem sabor de chocolate.
A alegria no rosto dos pequenos é sua paga,
recompensa valiosa, mata-lhe a sede
aquece-lhe a alma, o faz feliz.
O circo na praça, à sombra do arvoredo,
diverte o idoso, o jovem, os infantes.
O homem cospe fogo, o diabolô gira alto
audacioso, quase toca as verdes folhas,
a pomba branca sai da cartola enfeitada
e voa, mas não tão alto quanto a fantasia,
não alcança a sublimidade dos olhares do público:
surpresos, vibrantes, extasiados com os encantos
e mistérios de tradições milenares.
O circo ficou um final de semana na cidade.
Foi o tempo que durou minha alegria.
BRAVO!!!