ESTRELA GUIA
No silêncio mudo,
da prisão de minhas veias,
meu sangue está estancado...
Impedido de jorrar, pelos sonhos estagnados,
que interrompem sua cadeia.
Ou pelos tormentos vividos,
que como pedras, o bloqueia,
causando, em minhas pernas, um cansaço
que claudicam meus passos,
como se meus pés afundassem na areia.
A dor que se espalha, retalha a carne
explodindo o choro na lírica do carme.
Mas a esperança e a fé...
Ninguém pode detê-las. Nem impedi-las. Nem rompê-las.
Então,
hei de sempre acreditar
que os meus sonhos, um dia, vão se realizar!
E eu posso até olhar nos olhos da morte,
posso até perder o norte... o rumo... a "Tramontana"
que o "Cruzeiro-do-sul", ainda me guia,
levando-me para uma vontade maior,
que, em mim, é soberana.
E essa vontade,
aponta-me o caminho de volta
para os dias felizes,
no passado vividos
mas que por tê-los perdido,
ainda me revolta.