Bebia Cervejas.

Bebia cervejas no bico, na caneca, na xícara, em taças de cristal ou de barro. Bebia em botecos, casas, calçadas, sarjetas, quintais, matagais, debaixo dagua, no banheiro, bebia. Cervejas pretas, brancas, azuis, amarelas, caseiras, artesanais, requintadas ou baratas. Das fedidas, aromatizadas, normais, anormais ou aguadas. Erguia o mindinho e olhava para o vazio cheio de suas coisas existenciais... Uns livros, Sartre, filmes, Burton, músicas, freudianas e ideais sonhados dos mais variados sabores. Bebia tanto que um dia deixou abruptamente de beber... Deixou tudo para trás..., cavou um buraco e desapareceu misteriosamente... Alguém, porém, num dia desses, disse te-lo visto em Berlim, bebendo cervejas e olhando o vazio de tudo isso...

SAvok OnAitsirk.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 29/10/2016
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