seda fina 

A realidade descortina-se sob a nervura de um véu, negro e delicado
compondo um painel chamuscado de claridade,
O vento se acomoda nos ombros
do vazio absoluto,
chacoalhando folhas de metal;
Copas verdejantes murmuram;
Descarga ígnea, primária,
pletoram em tensões elétricas,
Refletindo-se no espelho noturno;
Gotas de chuva caem apressadamente,
O vento erode impacientemente as horas,
Uma chuva prateada de cometas irrompe
a clarear os labirintos da noite;
o ar ubíquo alisa os objetos como num anátema do universo;
em meio a exosferas rarefeitas,
amalgamadas como numa seda fina;
Labareda
Enviado por Labareda em 03/11/2016
Reeditado em 30/01/2017
Código do texto: T5811413
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