M
eu verso não tem hora para nascer,
mas é na madrugada que a dor do parto
se manifesta, a madrugada é a citocina
que dilata o pensamento grávido
de versos amadurecidos que nascem
e temporariamente encerram a prenhes poética...
 
A noite exerce um poder de sedução
sobre a mente do poeta, os versos
tem brilho de lua e cintilam como estrelas.
Circulam ao sabor da brisa matinal,
amanhece, e o poeta batiza sua cria.