RAMALHETE

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Todos os dias eu passava naquela praça
Num banquinho cor de nuvem
Uma fada estava sempre sentada
Menina faceira de beleza rara
Longos cabelos claros
Com laço de fita vermelha
Um livro nas mãos de princesa
E um trejeito ao movimentar a cabeça
Parecia sacudir suavemente sonhos pelo ar
Comecei a passar por ali todas as tardes
Por ela começava a me enamorar
Estava sempre sozinha com ar de poesia
Uma visão para um pintor querer preservar
Um pipoqueiro velhinho e simpático
Acabou por nos juntar sem querer
Distraída ao comprar um saquinho ela quase o deixou cair
Rapidamente me aproximei e salvei a tempo
Os floquinhos rosados ainda quentes
Uma delicadeza ali outra acolá
Papo vai papo vem 
Nos apresentamos e pelo banquinho eu fiquei
O livro em suas mãos era de poesia
Conversamos um pouco sobre isso
Não queria assustar a moça
Noutro dia conversaríamos mais
Fui pra casa num flutuar de magia
Cheio de paz a espera de mais uma tarde dadivosa
Já imaginando o mimo que lhe ofereceria
Num ramalhete de fita vermelha

 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 05/11/2016
Reeditado em 06/11/2016
Código do texto: T5814315
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