As pérolas que na verdade são batatas

Danem-se os exigentes apagões temáticos e críticos. Nem todos os dias, são dias de pesca de pérolas raras; ou de espetáculos à luz das reluzentes ribaltas.

O ator também, por azar, não cai do palco, erra a cena, ou ainda troca a fala?

Assim como, todo lavrador dos coloquialismos sofre momentos de

confusão existencialista e indecisão polêmica, Eu, também como eles, experimentei dessa ressaca.

Não basta somente olhar, ao nosso redor, pois isto mais assusta e traz dúvidas, do que alegrias.

Como confirma a cena domingueira, que assisti hoje, numa movimentada rua. Só que até agora nada entendi:

Um jovem casal de belos adolescentes - tal qual cena sadomasoquista - estavam amarrados cada qual num poste diferente, em lados opostos da rua; contudo um bem à frente do outro, a plena luz do dia.

Pude ver também, naquele olhar comovente, dolorido e louco - de paixão? - que nem a faixa preta amarrada no rosto do jovem, tal uma máscara de herói latino, conseguia apagar aquela agonia existencialista expressa em seu olhar.

Diante daquela cena inusitada e dantesca, pensei:

Talvez seja uma pegadinha de programa de TV.

Ou, ainda quem sabe, seja só mais uma nova moda substituindo a do já velho pokemon?

E continuo a divagar.

Ainda. bem que apesar das surpresas, ainda mantenho intactas as minhas emoções. E tenho que concordar: Isso também é uma pérola, ou uma batata? Não dá para decifrar!

E concluo:

- Quem manda SER XERETA E ESPIAR TUDO O QUE VIDA TRAZ?

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 06/11/2016
Reeditado em 11/10/2017
Código do texto: T5815384
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