Invasores.
Fiquei no escuro naquela noite quente de verão, cercado pelos invasores...
Eles urravam muito a palavra morte! Morte! Morte!
Cortaram a luz, a água, o telefone, o gás, o crédito e envenenaram meu cão.
Queriam carne e cerveja. Carne viva e cerveja morna!
Naquela penumbra a única coisa que me preocupava era encontrar o isqueiro ou um palito de fósforo sequer, daqueles que minha velha abandonava no fundo da gaveta, para acender a vela...
A veia do pescoço pulsava! Cabeça roxa e corte de sete pontos na canela.
No horizonte uma senhora ouvia Leonard Cohen em sua cabana na montanha.
Saía fumaça da chaminé...
Era preciso não odiar os pecadores!