SEU LIBÓRIO

Seu Libório homem raçudo,

Morador lá do sertão,

Tinha muito gado na roça,

Trabalhava como um dragão,

Não tinha dia nem hora,

Pra tratar da plantação.

Um vaqueiro predestinado,

Das caatinga do sertão,

Vivia na labuta do gado,

Com toda sua vocação,

Vivia na caatinga exclusiva,

Nas quebradas do sertão.

Passava muitos dias vaqueirando,

Atrás do gado em toda região,

Seu Libório homem forte,

Que nasceu pra viver neste sertão,

Não tinha medo das intempéries,

Nunca se lamentou da situação.

Tinha em sua fazenda muitos açudes,

Que passava muitos anos cheio,

Sem se apavorar nunca não,

Criou mais de quinze filhos nutridos,

Que lhe ajudava em toda laboração,

Sem se preocupar com o feijão.

Viveu seus noventa e cinco anos,

Sem nunca adoecer não,

Era um senhor muito forte sadio,

Que vivia em confraternização,

No dia que adoeceu,

Morreu com muita aclamação.

Todo povo da redondeza,

Lhe vieram com muita aclamação,

Lhe fazendo muitas homenagens,

De uma grande louvação,

De um vaqueiro puro nordestino,

Que vai fazer muita falta no sertão.

Zerc Viceniti
Enviado por Zerc Viceniti em 16/12/2016
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