Tempo perdido

Talvez já nada sobeje de mim

A não ser aquela melancolia que me preenche sempre

Em momentos de exactidão perfeita

Que me eleva ao papel e me descansa a alma...

Talvez reste um pouco do meu olhar

Com um brilho no mais profundo do ser

Reflectindo lágrimas que desaguam na alma...

Talvez perca todo o tempo do mundo

Os minutos que me restam

Sem dar brilho aos teus olhos,

Consumida pelo vazio

Pelo silêncio e escuridão

Fechando cortinas ao teu abraço

Calcando cada movimento sonoro

Optando pelo nada que se deleita comigo

Nas paredes sujas do fundo da casa,

Ao invés de adormecer sobre o encanto da tua vida.

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 11/10/2005
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