Mesmo que não seja para mim. Eu Tenho.
Não me leve a mal.
Mas quando li o seu texto, aquele que pedia uma resposta...
Logo nas primeiras linhas, meu rosto queimava.
Como sempre, em defesa de um coração quebrado, minha mente bloqueava o entendimento.
Já meu corpo, sem paciência, sentia náuseas e a pressão na minha cabeça aumentava.
A ansiedade por ser eu, por ser de mim, por ser para mim... Tudo me jogava no chão.
Porque...
E se não fosse?
E se realmente não fosse?
Se o seio, a pele, o peso e as pernas fossem de outra pessoa?
Era olhar para baixo e ver um buraco negro sob meus pés.
Quem era eu então e ainda, para merecer tanto espaço.
Não! Não era sobre mim!
E ela dançava na minha mente, dona de suas palavras.
Tão alto, tão baixo.
Eu voava e era arremessada para o chão em segundos.
Controle, meu velho amigo, apareça!
E enquanto tudo rodava, ela, outras, você...
Meus dedos impacientes digitavam as palavras
Eu Tenho.