Tempestuoso horizonte

Sólido tempestuoso horizonte se abre diante de meus olhos ávidos, suaves espectadores de um mundo sem fronteiras enaltecido secretamente em sois e mares, crepúsculos e auroras. O devaneio mitológico de meus dias terrestres transmutado em vertigem fastamagórica e insana.

Já posso ver a neblina de eras distantes entrelaçando os pensamentos dos jovens inconseqüentes toldando a fatídica jornada dos dias do futuro como um devaneio mitológico. O olho vê, o lábio sente como se fossemos heróis e não tivéssemos identidade, reis sem coroa e sem cedro segurando apenas o inebriante caminhar do tempo entre nossos dedos rijos e alquebrados pelos séculos. A taça transborda e a lua renasce alva como a face sobrenatural de minhas manhãs astrais , o pendulo sacode a realidade dos dias de sol transformando em gotas de vertigem purificante a insígnia de nossas almas escorrendo pelos cantos preenchendo as lacunas e desenhando a sombra e a luz de sua silhueta que aparece como luz num dia noturno disfarçado em tétrico paradigma.

Sim havia um espectro no espelho, opaco e latente, bluma cinza que desenha a face lívida de suas predileções, onde estaria quando os deuses lançassem seu veredicto final à raça humana? Quem seria na hora que o imenso sacudir dos mares temporais resolvessem cessar? Longe latitude de estrelas flamejantes, galáxias escondidas em pétalas de rosas... Será apenas divagações ou somos realmente efeito?