Poeta malandro
Ele brinca de romance.
Quando descreve as ondas delas.
E a inocência da mocinha
A faz crer que só pra ela.
Passa de uma para outra.
Como se fossem uma só.
Com a astúcia de um malandro
Nas cabeças dá um nó.
Tem leitora que é esperta.
Mas a palavra é tão bonita.
Ele diz que é amor.
Ela finge que acredita.
Mas não é assim todo poeta?
Vive de musas e de bares
Se apaixona por algumas
Mas o amor é sua escrita.
Quando as palavras o encontram
Não há mulher que tire a sua atenção
É na ponta da caneta que ele guarda o coração.