O cão: a plenitude do ser
O cão transparece o ser imediado. A extensão da verdade o define e, em contrapartida, o mediado trafega entre o ordinário essencial da sua condição fenomênica e a ascensão do pensamento - seu acúleo de fuga -, travestindo seu substrato com quimeras mordazes de sua única e exclusiva condição de transparência: o desvelar do ser pelo pensamento no ato.
O cão é a verdade. O espécime ontológico da natureza etérea. Não precisa do pensamento. Ele respira verdade; mas, infelizmente, não a inspira o bastante para nos entronizar em seu estático pêndulo de existencialidade.
Enquanto não atingimos a hipóstase do ser, vivendo à guisa de um não-ser contínuo, ele é.