O Sanhaço
Aquele lá que vai alto, embalado em nuvens e montanhas metamórficas...
Ele se chama vendaval, e no azul, é a sua fúria uma imagem libertadora!
Vaga pelos confins do dia em busca de ação e ondas gigantes
Espalhando o pó da terra nos vales e bosques, nas cidades e estações do Tempo e espaço!
Oh sim, Mãe! Universo! Estão radiantes e, de atmosfera arcana os saúdo!
Os pássaros foram para outras paragens... Suspensos e alvoroçados, Bateram asas na poeira dos ventos, e dos ciclos dos tempos de todas as Repetidas estações renovadas...
E no canto da tarde, a coluna de vento agora esta só em seu pouso fatal!
Parece que o eterno modificar das paisagens vai ser o dia da última Lembrança... pois não restam de ontem ou de amanhã, esperanças!
O segredo foi exposto e agora o céu se tornou uma catedral sideral de Estilhaços...
E no meu sorriso de lágrimas cristalizadas de cores e de prismas a Matéria se espiritualiza...
E... O último sanhaço que vi partir era azul acinzentado e tinha cor de Mundo!