COMO TEMPERAR A VIDA
Por entre todas as falanges - mudas e safas
Heróis escondem-se dos dentes – ferozes
Com epopéia guardada de armarinho, atam
Rosnam bobeiras ambulantes, ápodas.
Por pouca fé que haja rasgando a vida
Convés sob o sol – asilo, meia idade
Verte sangue embebido em estrelas
Densas e descoloradas.
Entre covas e passeios
Rogo prece em meu mais dorido devaneio
Veste pútrida, casco de metal
Minha seta não rende o sinal...
Rusga luzidia, prata no quintal.
Enquanto, absorto, rege o alvoroço
Passo-lhe a canela, beijo à paz escura
Dando ao fel escorrido entre os medos
Uma pitada de sal e um punhado de céu.