O OLHAR DO BRUNO

Nada se compara ao olhar do meu sobrinho Bruno, há algo de uma ternura inexplicável, uma candura, não sei... Talvez seja tudo isso num tempo só, tudo de bom que desejamos ver, sentir e presenciar sempre, pois diante de um olhar de uma criança, ficamos assim, desarmados, como se naquele momento o maior guerreiro, se rendesse ao doce olhar de uma criança, assim os bebês, nos causa tal sentimento, e nos deixa sem conceito nem preconceito, porque eles, são puros... puros na simples maneira de serem como são, anjinhos! acredito que os anjos devem ser assim, trazem em si, essa divina essência que vem de Deus, e, que perdemos um dia, no tempo quando ainda vivíamos num Paraíso.

Bruno é uma bebê, ainda a completar um aninho, mas traz consigo a magnitude da presença de Deus, na sua doce simplicidade a nos conquistar com seu meigo olhar, e, não há como ser duro, sério, resistente diante de um pequenino ser que nos encanta. Não há como garantir uma máscara de hipocrisia e falsidade, de indiferença e distanciamento, que trafega em meio as relações humanas, pois diante de um olhar assim, do olhar das crianças que nos olham com extrema singeleza, com tamanha pureza, é como se estivéssemos diante de um espelho, em que refletisse a alma da gente... assim, bem como o olhar do Bruno, como o de qualquer outra criança, que nos encanta e nos projeta para o tempo do sem tempo, para um mundo encantado, onde encontramos pequenos principes, quer seja ao dobrar a esquina, a qualquer momento, a qualquer hora, somos flagrados não pela suspeita e pré-julgamentos, mas por sermos vistos como somos, onde nem mesmos nós, há muitos que não enxergamos esta beleza que há, mas graças a Deus, que pelo menos por essas crianças, ainda podemos ser vistos, pela beleza que trazemos em nossas almas, quando ainda nem pensávamos que ela _ a beleza _ habitasse alí dessa maneira bem no fundo do nosso ser.

Obrigado Senhor, por que enquanto existir olhares como os do Bruno, haveremos de ter a certeza de que há esperança de amar e sermos amados. E, enfim teremos a certeza que o ódio nunca haverá de imperar no mundo em que vivemos... a você, Bruninho, e a todos os bebês que existem nos quatros cantos da terra, sejam abençoados e continuem a nos olhar assim, porque a centelha do amor de Deus, aquece em vossos corações e nos contagia com uma doce esperança!

Rio, em 01 ago 07

denymarques
Enviado por denymarques em 01/08/2007
Reeditado em 06/08/2007
Código do texto: T588904