O DISSABOR DA VIDA

O POETA TEM DENTRO DE SI UMA CANÇÃO

GOSTA DA NOITE E AMA A MADRUGADA

VIBRA COM OS ACORDES DE UM VIOLÃO

VINDO COM ISSO AMAINAR SUA VIDA AMARGURADA

SENTE-SE UM SOLITÁRIO EM PLENA MULTIDÃO

SEM CULPAR NINGUÉM PELO SEU ISOLAMENTO

OBSERVA O SOFRIMENTO NO ROSTO DE CADA IRMÃO

ISSO TEM UMA DENOMINAÇÃO CHAMADA TORMENTO

SABE QUE NO AMOR NÃO HÁ RECIPROCIDADE

PODENDO-SE ATÉ SE AMAR SEM SER AMADO

SE ESTABELECENDO UMA PURA VERDADE

NINGUÉM ATINGINDO ASSIM O FIM COLIMADO

AMAINA OS SEUS DEVANEIOS CONTEMPLANDO A LUA

FAZENDO INDAGAÇÕES SEM TER UMA RESPOSTA

JÁ QUE SOFRIMENTO E SOLIDÃO NÃO É APENAS SUA

E TODOS TRAGANDO UM FRUTO QUE NINGUÉM GOSTA

O POETA DESEJA APENAS FAZER APOLOGIA A VIDA

VIVENCIANDO DA MESMA O SOFRIMENTO E A SOLIDÃO

SABE QUE A PORTA DE ENTRADA É A MESMA DA SAÍDA

OU VIVEMOS EM SOCIEDADE OU VIRAMOS UM ERMITÃO

O POETA GOSTARIA DE VERSEJAR DE FORMA DIFERENTE

MANIFESTANDO SOMENTE OS ACORDES DE UMA CANÇÃO

VIVENCIANDO A CANÇÃO E UM CORAÇÃO INDULGENTE

NUNCA CITANDO DORES, SOFRIMENTO E DECEPÇÃO