O Erro

Um segundo,

Um segundo depois,

As mãos dadas não se eram mais sentidas,

E incomodavam.

O corpo,

O corpo que queria tão perto,

Agora era encostar

Pra apresentar sensações.

Ruins.

Não sabia,

Do mudado

Para mudar tão radicalmente.

E quando foi sentida por aquelas mãos

Que já tentavam cometer o pecado de tocar

Não pôde segurar a tristeza.

Chorava,

Chorava por dentro,

E com a certeza que teria sempre esse canto triste em si.

Certeza do amor da vida.

Não!

Não sabia o que fazer,

Mas a proximidade inevitável devido ao carro lotado

Era sufocante.

Juntos demais...

Os corpos...

Quis...

Só quis.

E ficava em silêncio para falar

- talvez-

o que não conseguiria

ou o que não poderia.

É que tal amor foi criado na certeza,

E qualquer contrariedade era proibida de ser sentida,

E respeitada fielmente.

Até um segundo.

O erro desse amor foi

Ter de amar sempre

E sempre não existe.

thais rey grandizoli
Enviado por thais rey grandizoli em 04/08/2007
Código do texto: T593118