O infeliz.
Embaixo de uma marquise
Começa a cair a temperatura e vai apertando o frio
Ás noites lhe parece todas iguais
Revira para lá e para cá o tempo não passa, naquele lugar sombrio
Finalmente começa a clarear
Aruma as suas roupas finita
Coloca a trouxa nas costas
E ganha a grande avenida
O lixo parece escasso
A fome começa a apertar
Estende a mão a procura de alguns trocados
Mas o pobre coitado, nem se quer é notado
Isto neste nosso mundo todo dia acontece
Espero que ao ler estes versos algo lhe chame atenção
E ao encontrar alguém necessitado por favor...
Abram prazeirosamente seu coração.