É Verão!
Alexandre ď Oliveira
 
Interessante é que a gente adentra numa história imaginando contar outra e nisso se deixa levar. É tal e qual às águas do mar que invadem ás praias e banham aqueles que tão somente imaginam pegar de leve um bronzeado do sol. Eu por minha vez fico olhando aquelas cenas com mulheres  quase desnudas esperando que algum dos rapazes que jogam pelada num lugar mais apropriado olhem para elas e até mesmo ás  convide para beberem uma água de Coco  ou um sorvete de Cupuaçu ou açaí.
Mas eu encosto meu carro próximo ao calçadão e quando aparece alguém trocamos duas ou três palavras imaginando o sol abrir mais um pouco e alguém dizer de onde vem ou para aonde cai. Engraçado, é essa gente que entra e sai sem nos dizer nada sobre suas vidas e querem saber da nossa. E nisto vira um moído danado.
Eu poderia ficar numa casa de praia esperando alguém  chegar e celebrarmos nosso amor. Confesso a você que é  tão difícil imaginarmos momentos assim, e eu fui logo pensando em ti. Sim. Em você que me parece ser tão importante na vida deste poeta.  Ás coisas passa tão de repente que nem tudo a gente percebe.
Quem sabe um dia a gente nação volte atrás e realize tal sonho que tanto parece dourado. É verão! ...As rapaziadas nesses dias fazem festa, passeiam a tarde pelo calçadão de intermarés, e a noite junta meia dúzia de casais, ou mais e fazem sob a lua sua festa cantando e tocando seus violões, e tem ainda alguns que declamam versos.
 
JPA.08 05 18