Quando a esperança vem ao sol

Olha o tempo, a lembrança.

A esperança hoje não veio ao sol

e a alegria atravessou a avenida

como quem foi por ai.

Girando no vento a roda-gigante

que roda no tempo sem seguir adiante

qual vida que voa entre picos e ínfimos

aclamando aquarelas no mesmo lugar.

Só uma pergunta que não quer calar.

Guardada, embotada, asfixiada de aflita:

Para quem afinal você é tão bonita?

Acho que nunca vou lhe tirar da cabeça.

Quando olho meio tonto para o outro banco da roda

me transformo com o sorriso que lhe foge às vezes.

É quando digo que a esperança veio ao sol.