POST-MORTEM

Bem posto, favo meu

No além-túmulo donde brotam gramíneas

Fartam-se suas radicelas com o vurmo úmido

As costas tais as alegorias.

Pudera, favo meu, pudera!

Teu marmóreo resquício o foi respiro

Zombarão Jades em quimeras

Espetáculo em tons encarquilhados.

Quiseram as gérberas emergir de suas narinas

Preferiram olores engavetados sair juntos

Empalideceram seus dentes roxos lúgubres

Pretendestes alvitres mudos.

Nenhuma lágrima proferirá a marcha

Nem em reles praça haverá de estar

Viverá mais uma nódoa a compor a réstia

Pedirá mais espuma ao nosso champanha.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 09/08/2007
Reeditado em 13/05/2008
Código do texto: T599942
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