Balanço do tempo

Não sei se perdi o tempo ou se o ganhei

Tento descobrir em elaboradas fórmulas

Ao amar eu perdi o tempo numa inutilidade

Ao amar eu ganhei o tempo numa beleza infinita

Ao amar não vi mais as horas sequencialmente

Ao amar me integrei no espaço e fui parte dele

Ao amar perdi todos os rumos e encontrei novas direções

Fui premiada com a capacidade de sonhar absurdos

Perdi a ingenuidade de que poderia ganhar

Fiz girarem dados viciados em novas cambalhotas

Não apostei em mesa alguma fosse qual cor fosse

Descobri o que havia dentro de retângulos perfeitos

E deixei de reconhecer circunferências óbvias demais

Desci e subi diversas vezes por triângulos místicos

Escorreguei entre risos por vidros límpidos, translúcidos

Não sei se perdi o tempo ou o ganhei

Sei que conheci bondades jamais notadas anteriormente

E fui conhecedora de mentiras que me rondavam há anos

Perdi, ganhei, ganhei e perdi numa sequência inconsequente

Só o amor é capaz de trazer a inconsequência lúcida

Só o amor tem a necessária seriedade lúdica para amar

Pesando, medindo e analisando tudo, concluo que ganhei

Ganhei o tempo e mais que isto; tornei-me mais íntima

Mais conhecedora de mim e isto sempre foi e será conquista

Haja o que houver, aconteça o que há de acontecer

Existindo algo a mais, saberei um pouco mais quem sou

Talvez possa ser a peça que preencha o quebra-cabeça

O meu...

Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 27/06/2017
Código do texto: T6039117
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.