para ela
pela primeira vez apaguei todas as palavras que pensei serem cabíveis para descrever o encantamento que sinto por ti.
na verdade, pela primeira vez decidi tentar colocar em palavras toda a fascinação que tenho pela sua pessoa.
não é fácil. e só reparei isso na madrugada do dia 14 de julho.
mas se fosse fácil eu nem tentaria e o êxtase não se transformaria em prosa.
se fosse fácil eu diria sem balbuciar, sem teatrinhos, sem mais delongas.
felizmente é labiríntico, arriscado, obscuro.
"fica mais bonito"
não, não sei quem disse isso. mas alguém tem que ter dito. algum anônimo chamado antônio ou julieta. ou a menina que preferiu a saia azul do que a violeta.
alguém disse e eu resolvi colocar na minha prosa.
você é bonita e eu gosto do seu nariz, mas prefiro sua força. sua força mostra mais de você do que seu narizinho charmoso que abriga aquela argolinha desde os seus 16 anos de idade.
e eu gosto da forma que você se faz rir e me estimula a rir sincronicamente. eu gosto de sorrir até o último momento. eu gosto tanto de sorrir ao seu lado que nem sinto as pontadas na minha bochecha esquerda.
e eu gosto de chorar com você. porque você me abriga dentro de ti como o casulo da borboleta cor de rosa que deixou de ser lagarta há uma semana atrás e hoje já não existe mais.
mas chorar sem ti é tão doloroso quanto pensar na morte da borboleta que não teve tempo nem de conhecer seus primos distantes.
ainda bem que você não é distante mas é minha prima. e eu não poderia escolher melhor. nem escolhi, mas como é uma ótima escolha, vamos viver esse faz de conta.