DESTEMIDOS OLHOS TEUS

Destemidos olhos teus...

No pragmatismo do dia frouxo

No espreguiçar-se da sexta-feira

No outro mar do oceano.

Destemidos olhos teus...

A me ver ouvir sem castidade

A acarneirar minhas vontades

No rejuvenescer da tarde.

Destemidos olhos teus...

Entre os passeios e as lisuras

Se no teu beijo há o outono

Aqueças-me neles.

Eles me trazem as plêiades carentes

Eles me são arfadas embarcações

Eles me têm por secreto

No purificar da nobre alma.

Destemidos olhos teus...

Em me achar em mim

Em beliscar meu “sim”

Em contentar-me, então.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 14/08/2007
Reeditado em 13/05/2008
Código do texto: T606596
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