Amarras

Amarras

Presa, tento soltar amarras

que prendem meus punhos,

minhas asas.

Abro o silêncio com um grito

ante o poder de decidir ser

fugindo de mãos que prendem

manipulando cordéis.

Entro no jogo da existência

onde a lâmina cortante da espada

atravessa o portal da vida libertando

a loucura em rubro destilar.

Fujo da caverna escura da memória

refeita em alma refratária de encontro

ao sol vermelho e imponente.

Com a força da explosão torno-me

partículas de um universo

enlouquecido em qualquer lugar

do infinito em constante mutação.

(27/02/2009)