"Ardilosa, sim!"

Dá-me seus lábios libidinosos para que nele eu encontre pouso. De certo, um pouso impetuoso, que acalanta e incendeia. Que apetece meu sexto sentido, afugentando a inexistente prudência.

Dá-me o toque de suas mãos para que nelas eu o sinta explorado, encurralado e desmedido. Excita-me antes, explora-me durante e consuma-me depois.

Dá-me sussurros descompassados e pervertidos para que neles eu encontre o estímulo sonoro, necessário para meu translúcido devaneio. Invada-me de sons sensuais e indecentes.

Dá-me seus delírios em aglomerados impulsos. Vil pensamento, irreal sensação e carnal desejo.

Retira-me da cautela. Insira-me loucura. Finalize-me enfim.

* Ardilosa sim, tirana? nunca.