GOTAS DE AMOR

Milhares de pratas vozes

Relincham em minha mente

De mim não sai o cheiro do alho

Nem a pungência que se agrega.

Dou minhas com as caras da veia

Corre, ladino, o vurmo ácido e torrente do dia

Em supro encíclico, o véu embranquece

Aquecendo em mim, certezas falhas.

Com o teor etílico da ambigüidade

Lastra cedo, o pouco medo que o coração estraçalha (e avacalha!)

Sob ferozes cinzas, olores e circunstâncias

Descansa a vaga idéia de que a pena do nanquim é parceira.

Gotas de amor

Do sentimento em celebérrimo mar aberto

Por istmos, areias e galhos

Por recônditos passeios de retinas.

Assim, por semelhança, fi-lo eternizado.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/08/2007
Reeditado em 13/05/2008
Código do texto: T608111
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