GOTAS DE AMOR
Milhares de pratas vozes
Relincham em minha mente
De mim não sai o cheiro do alho
Nem a pungência que se agrega.
Dou minhas com as caras da veia
Corre, ladino, o vurmo ácido e torrente do dia
Em supro encíclico, o véu embranquece
Aquecendo em mim, certezas falhas.
Com o teor etílico da ambigüidade
Lastra cedo, o pouco medo que o coração estraçalha (e avacalha!)
Sob ferozes cinzas, olores e circunstâncias
Descansa a vaga idéia de que a pena do nanquim é parceira.
Gotas de amor
Do sentimento em celebérrimo mar aberto
Por istmos, areias e galhos
Por recônditos passeios de retinas.
Assim, por semelhança, fi-lo eternizado.