A cargo de ofício

A banalidade na política

tem o gosto amargo do féu.

O povo caminha sem rumo,

entre o inferno e o céu.

Sob risos irônicos

dos politicamente inatingíveis.

Quando vê brotar novamente

mais um ano eleitoral.

Chega a ficar, mais uma vez,

novamente preocupado.

Por achar que votando certo

estará votando errado.

Nessas, que se despem

de suas peles compromissadas.

Com as caras deslavadas,

deslavadas, deslavadas.

Que se dizem - sou do povo!,

em mais um novo eldorado.

Como se tudo fosse apagado,

Num estado de amnésia.

Com sorrisos abertos e largos,

tentando ludibriar e enganar.

À frente dos holofotes midiáticos,

Por tudo o que fizeram.

Fizeram nada, nada, nada.

Sinto nojo novamente.

Dessas velhas cúpulas

de ovelhas desgarradas.

Politicamente incorretos

que tentam ao povo enganar.

Com suas caras enlameadas,

Cinicamente sem compromissos;

Com seus gestos omissos;

pleiteando novamente o cargo de ofício.

Bruno Down
Enviado por Bruno Down em 12/08/2017
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