PARASITAS
Acoplados a superfície
Sugando todo o verso
Canibalismo velado
Não maquiam mordidas
Cravando os dentes
Se lambuzam no sangue
Sem cerimônia alguma
Abastecem o estômago
Até regugitarem líquido
Aos poucos
Resta pouco
Hospedeiro esmorece
Em fiapos
Um rascunho
Jogado ao vento
Numa folha limpa
Desenham novamente
Traços de destruição
Parasitas
Seguinte esquina
Cuidado tenha
Se não...
Jonnata Henrique 25/08/17