Entre Nós
Nos dedos.
Molhada,
Terminei o que começamos.
Terminei a ultima ponta,
Na outra ponta,
Dos dedos entre as pontas.
Que cheira ao agora pouco,
Mesmo agora cheira,
Então cheira ao agora.
Acabei com nossa culpa,
Como nossa verdade ridícula,
Quando você de carro mesmo passou.
Assim, você:
Perigo ilusório da minha mente.
Medo do que não existe... Nós.
Só por existirmos assim... Nas pontas
Dos nossos dedos irreais.
Surreais!
Sempre juntos, e atrasados,
E sem tempo para o conosco,
E sempre tão nós
Em todas as pontas.
E tão nós que
Mil desencontros acontecem,
Para estarmos ali.