A VARANDA

Sob as frestas da persiana

Contemplar-te-ei

Regas-te-me a visão

Imagem estampa neurônios

Dá-la-ia alma podendo eu

Se em remota hipótese

Usufruiste de vossa companhia

Saciar-me-á o desejo

De poder integrar mesmo espaço

Onde exalas tua beleza

E diariamente matas

Voyeur que sorve-lhe

Preso em algo ritualístico

Idolatro-a

Não sabendo o que sou

Saltitando entre o coerente

E o absurdamente implausível

Independência pergunto-me

Chegarei a conseguir

Viver esta vida e seguir

Sem do apartamento seguir

A menina da varanda

Jonnata Henrique 28/08/17

JonnataHenrique
Enviado por JonnataHenrique em 28/08/2017
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