Porta
Chovia torrencialmente.
Ela estava parada na porta da casa.
Ensopada.
A água que escorria por todo seu corpo, disfarçava as lágrimas que limpavam suas vistas.
A verdade deu-lhe um banho.
Penetrou por todos os seus poros.
Aguardava coragem para chamar ou quem sabe seguir.
Não havia mais segredos.
E a porta?
Abriu-se, afinal.
Sem sinal de gente ao seu redor, era só uma porta aberta, sem chave, sem trinco, sem dor...