Seu tempo
Envolta em seus pensamentos, ela adorava os porquês.
Gastava boas horas da vida divagando entre os poréns, talvez, quem sabe...
Alimentava o caos.
Entorpecia o óbvio.
Sentada na janela da existência, suas pernas dormentes já começavam a despertar.
Ensaiavam pequenas voltas.
Novos ventos bagunçavam-lhe os cabelos.
Mas as velhas tormentas ainda farejavam seus medos.
Em suas tantas conjecturas, aprendeu que seu tempo é só seu e que a calma é sua amiga mais amável.
E permanecia a sorrir...