IDENTIDADE AFRO- BRASILEIRA

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE AFRO- BRASILEIRA

“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.” (Lei 9.394/96).

A História afro- brasileira e a História dos povos nativos como os Tupis e os Guaranis, entre outros, se completam. O primeiro foi retirado de sua terra, perdendo o vínculo com sua etnia, cultura e família de forma sub- humana. Já, os nativos, foram assaltados, ou seja, retiraram de si, e ainda retiram, sua terra.

Não há como dimensionar a perda causada a esses povos e, negar a eles o conhecimento de sua essência, o conhecimento de sua História e, enfim, a relação vital implícita e explícita em seu DNA, como também as leis que, embora limitadas, foram e devem ser criadas a seu favor, oferecendo a estes instrumentos que elevem sua autoestima e os levem ao debate limpo, que possa encarar a outros povos de cabeça erguida, considerando que, historicamente, não houve crime por parte do afro- brasileiro, todavia há um grande débito educacional, o qual não se pode parcelar, mas pagar diariamente, pois é a Identidade de um povo, não um povo afro, branco ou nativo, porém uma trindade e, como trindade, assim é o povo brasileiro, que vive todo dia!

A consciência negra foi criada por causa da morte de um grande homem, porém, o homem só morre uma vez, por isso deve- se cultivar nas escolas, na Educação a consciência diária porque a essência do negro afro- brasileiro consiste em resistência e imortalidade.

Poema : Identidade afro- brasileira

Aonde você vai?

Não há passagem de volta!

Agora somos todos iguais!

O negro não será branco,

Nem mesmo o branco - ser branco!

Também não somos "mulatos",

mas genuínos brasileiros!

O que tu pensas que és?

Talvez, pensas ser mazombo?

Seus pais, português, não mais,

Reflita, reflita- te aos espelho!

E você que está confuso?

- "Por que me chamam cafuzo"?

Sou filho de índio e negro,

mas negro sou - por inteiro!

Agora olha!- Responda:

Só um dia o ano inteiro?

Quero minha História de volta

Cultivada dia a dia,

Reconhecida na Escola

para a Escola da vida!

Texto de Eliezer Alves: recitado pelo Professor Nelson no Seminário: Projeto de Políticas Públicas "O ancestral e o contemporâneo nas escolas: Reconhecimento e afirmação de histórias e culturas afro- brasileiras.

Rezeile Selva Nascto
Enviado por Rezeile Selva Nascto em 04/10/2017
Reeditado em 27/05/2019
Código do texto: T6132995
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