Meu Pássaro

Passarinho, sempre meigo, lindo, simples como deveria ser a Vida.

Qual direito tenho de achar que me pertence

Qual direito tenho que pensar que será só meu.

Qual direito tenho de querer te prender.

Passarinho te vejo triste, cabisbaixo , sem cantar suas músicas alegres.

Fico triste também, pois acho que tenho de te soltar.

Como farei, pois você é como um raio de sol em um dia nublado.

Você é o primeiro botão de Flor da primavera.

Você é a primeira estrela que vejo no anoitecer.

Você é a constelação que guia o meu barco neste grande oceano que é a Vida.

Como farei, será que será somente lembrança.

Pelo meu amor, somente imaginar a sua felicidade, imaginar ouvir o seu canto doce e alegre será o meu consolo.

Este consolo deverá ser o meu porto, aonde ficarei esperando, quem sabe, um dia você voltar para mim.

Ai sim, sem Gaiola, sem prisão, manter você dentro do meu coração.

Não preso, mas simplesmente Cativo.

Cativo pelo sentimento.

Passarinho qual direito tenho????