Um dia comum
Outro dia que chega
O que se vê
Na janela do teatro da vida
Garoa
Chove e não molha
Estou em casa
Meu refúgio
Ouvindo um bom som bom
Que me embala
Organiza o que pensa
Equilibra o que sonha
A sensação emociona
Me segura
Quero explodir
A realidade me apavora
Dou uma risada irônica
Entre o rosto lavado de lágrimas
Peito que dói
Selvagem teoria
Pq na prática os fatos assusta
Mente cabulosa
Que perde o foco
E viaja
Sente falta de um tempo que não mais volta
Viva a sua geração
E na metade da vida
Agradece e obtenha
A mesma vontade de continuar a fazer a diferença
Tropeçou
Caiu de cara
Orgulho esmagado
Pela falta
Ilimitados
Limitado pelo governo
De pilantra
É tantos envolvidos
Que a impunidade entre eles
Já é coisa certa
Agora vai eu ou vc
Roubar uma bala
Pra começar
A sociedade te condena
Chamado de vagabundo noia
Isso quando não vem os pms
Te humilha
Te arrebenta
E se tiver flagrante
Te joga na.cela sem direito a nada
O tempo passou
E vc continua o mesmo
Na mente
O do verdadeiro
O do verdinho
A emoção contagia
Contagio
Sente, está no Ar, tão intenso
Vibra de dia
Na noite brilha
Estrela solitária
Aonde os Anjos o guarda
Pra Guerra
A transformação que nada atrapalha
No nosso tempo
Se não engorda mata
Perde se o tempo
Com tanta coisa supérflua
Aparência que ilude engana
Quando olha no espelho
Vê o estranho entre rugas
Na humilde foi ao longe
Destino que se cruza
Na caminhada se acha o que procura
Por fim volta sem perceber
Que vc devedor por tanta bênça então o Universo que te deu, Te cobrA
Necessidade
Desempregado
Limitado sem mundo
Sente se clandestino no próprio corpo
Tira donde não tem
Paga se o preço
Pra estar vivo
Louco insano
Desgovernado
Sem raiz ou profissão
Aceita ser assalariado
Vive maior parte
Perdido em um serviço mau remunerado
Em uma condução lotada
Ida e volta
Mesmos olhos que se vê
Corpos que se toca
Boca que nada declara
Engole a seco
Sem direito a escolha
A infelicidade é coisa certa
Uma vida frustrada
Em que a alegria e enrolada na ceda
Pensamento que a sabedoria alcança
Na simplicidade
Da conquista diária
Pq um favelado
Mata um leão por dia
Pra sobreviver na Selva de Pedras
Mas quando sorri
Seu sorriso não existe a culpa
Mas satisfação
Do dever cumprido
Pobre maloqueiro
Alma de poeta
Assalariado
Vivendo seus sonhos
E vc o que anda fazendo com seu Tempo?
Não vai me dizer que só está reclamando
Que nada tá bom
Que falta um pouco de tudo
Sempre falta
Sempre vai faltar
Equilibra no horizonte
Contempla o por do Sol
Com uma boa companhia
Valoriza seus amigos
A sua família
Tenha Amor próprio
E pronto
Essa é a trilha certa
Pra ser ter o que precisa
O alicerce pra seguir até o fim
Sem a opressão de estar perdido sem sentido
A procura de uma saída
Só agradeço a sua atenção
Nesse simples dia.