Descançar em teu pescoço.

Agora você vem e me encontra ainda mais difuso. Hoje me vê em um, mas sou tantos! Sei que se decepcionou com essa amarga incontinência. O gostinho de baunilha te iludiu. Agora que está desamparada no imprevisível, só posso rir e me perguntar em que momento você vai pegar a navalha com que penteia os pulsos e descansa -la em teu pescoço.

ElisAndro Luz
Enviado por ElisAndro Luz em 21/11/2017
Reeditado em 22/11/2017
Código do texto: T6178589
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