Acolherando.
Se eu não compusesse estes sonhos e ilusões,
Se eu não escrevesse estes humildes versos,
Desdobraria-me no avesso de outras estações,
Em plena sede de retidão em rumos dispersos,
Se eu não tivesse improvisado estas façanhas,
Se o tempo voltasse na velocidade do vento,
O meu tributo a vida seria dado em manhas,
Na ousadia subentendida de outro momento,
Mas não tenho ficado no “SE” destas questões,
Acordando em prantos com sonhos desfeitos,
Seduzo-me somente na pluralidade das razões,
Deixando um carreiro de princípios já feitos,
Não tenho sido apenas os rastros da nostalgia,
Dedico diariamente o que entendo ser emoção,
Enquanto os anos trafegam em concluída magia,
Cedendo os arranjos que enchem meu coração,
E para o amanhã?... o amanhã será o passado,
Ao vento meus aforismos serão arremessados,
Nenhum dos meus tantos odes será publicado,
Mas por ti, meus provérbios serão lembrados!