ENQUANTO TE ESPERO

Enquanto te espero e muito demoras,

vou me construindo, tecendo-me com tênues fios, finíssimos e diáfanos fios de aço construídos, tal como a paciência que minha alma habita e escrevo-me na linguagem viva que sou na página da minha vida buscando a harmonia dos caminhos refletidos nas entrelinhas do meu ser...

Enquanto te espero e muito demoras,

vou retificando com bom senso meu delicado tecido

e, nas lacunas abertas no primoroso bordado,

o meu fado, destino já traçado, vai compondo os meus dias sem que percebas, pois não vens e tardas e, quando vens, eu te percebo às vezes gentil,

às vezes distante e, às vezes, nem isso...

regynacarvalho
Enviado por regynacarvalho em 13/12/2017
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