SERTÃO ESQUECIDO

O meu sertão tão bonito agora vive

esquecido das baixadas e dos montes.

Hoje vivo tão distante pela força do destino.

Hoje só resta a saudade do meu tempo de menino.

Ainda me lembro do forró do Zé Cabrinha,

dos terços que nós rezava na casa da mãe Chiquinha.

Da pamonha, do milho verde paçoca de amendoim,

daqueles banhos de açude que nunca saiu de mim.

Sinto saudade do campo de futebol, da bodega do Chiquito

das noites de São João, não sei porque eu deixei esse sertão

tão bonito.

Caraúbas das serestas, do forró e das canções,

das pamonhas e rapaduras e de tantas tradições.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/CEARÁ