Alma e coração

Cai a chuva suavemente, e fria,

a rua fica encharcada,

raízes, rebentos irradiam alegria,

há tanto tempo era esperada

esta doce e abençoada sinfonia…

Foi longa e desesperante a espera,

Mas valeu bem a pena o esperar,

Deus na hora certa abriu as portas do céu

E chuva abençoada caiu sem parar…

Ah, agora sim, o ciclo pode continuar,

Raízes agarrar-se-ão com força á mãe terra,

Variados rebentos irão brotar, e tudo no seu tempo

Vai crescer e fruto e flor dar… E em breve tudo

será verde e cor, tudo flor e isso anunciará

a chegada da bela Primavera…

Ah, chuva abençoada por Deus criada,

como é belo o teu chuviscar…

É maravilhoso a janela abrir

e o cheiro da terra molhada sentir

e poder descalça “debaixo” de ti dançar,

sentir cada pingo que em meu corpo vem desabar,

e sentir-me uma eterna criança que admira

tua beleza que um dia Deus criou, e a qual me

continua a maravilhar…

Cai a chuva suave e fria, no chão poças d`agua,

Umas enlameadas, outras como espelhos de mirar,

Sou adulta, mulher feita mas não consigo resistir

a entrar descalça nelas e dançar, dançar até no chão

cair de exaustão e ver minha imagem refletida

na água da chuva… Não me vejo como mulher crescida,

mas sim como a criança que em mim vive… Leve, livre e

solta repleta de esperança…

Quando me encontro com a chuva, não sou adulta não,

Sou uma criança de alma e coração!

Maria Irene
Enviado por Maria Irene em 12/01/2018
Código do texto: T6224378
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